Forças de segurança discutem estratégias de enfrentamento à criminalidade na região de fronteira 01/03/2013 - 09:35

O combate à criminalidade na região de fronteira do Paraná ganha um reforço com estruturas específicas da Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) e do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep), da Secretaria da Segurança Pública, que começam a funcionar na cidade de Foz do Iguaçu. Os setores serão responsáveis pela análise dos indicadores criminais e por planejar ações conjuntas de atuação e combate à criminalidade na região.

Os espaços da Cape e da Diep funcionarão de forma integrada com as forças municipais de segurança, na sede da Guarda Municipal, no bairro Parque Presidente. A minuta para o termo de cessão do espaço foi assinada nesta quinta-feira (28/02) pelo secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, e pelo prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira.

A assinatura ocorreu durante a primeira reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Fronteira neste ano. A partir de agora, os encontros ordinários ocorrerão a cada dois meses. “Esta é uma reunião emblemática. É hora de o GGI apresentar resultados concretos”, afirmou.

Vasques ressaltou a relevância da análise criminal feita pela Cape. “O trabalho da Cape norteia diversas ações de segurança, como a distribuição de viaturas e de policiais, além de possibilitar a cobrança de resultados, com base nos indicadores apresentados”, disse.

Um dos representantes da Cape na reunião, o investigador Vladimir Luís de Oliveira, explicou que o acompanhamento permanente da criminalidade, monitorada em todos os municípios do Paraná, permite identificar as áreas mais vulneráveis e as necessidades específicas de cada região.

AVALIAÇÃO - O prefeito de Foz do Iguaçu avaliou que a parceria com o governo estadual já vem rendendo resultados positivos para a área da segurança. “Exemplo disso foi a redução, nesses dois primeiros meses do ano, de 37% no número de homicídios registrados na cidade de Foz. É algo a se comemorar. Acreditamos que a partir de agora, com essa efetivação e consolidação do GGI, já temos várias ações que começaremos a colocar em prática”, antecipou.

Ações que dependem de parcerias e troca de informações entre as diversas forças de segurança municipais, estaduais e federais. “A colaboração e a integração entre os órgãos, com o objetivo de contribuir com o GGI, possibilita a realização de operações conjuntas, montagem de barreiras e outras medidas”, completou o secretário-executivo do GGI Paraná, major Luiz Marcelo Maziero.

Essa colaboração também foi destacada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius da Costa Michelotto. “Sabemos das dificuldades intrínsecas e específicas de uma região de fronteira, que não é exclusividade nossa. Os Estados Unidos sofrem de problema semelhante com a passagem da droga pelo México. São ações prévias, de inteligência, que podem contribuir para melhorar esse quadro”, defendeu.

TRABALHOS – O encontro do GGI em Foz do Iguaçu também definiu câmaras temáticas para tratar as situações da região de fronteira: como aumentar apreensões de armas ilegais, como diminuir os crimes ligados às drogas, núcleo de inteligência da fronteira, organização de força-tarefa para otimização de resultados e construção de indicadores para acompanhamento de resultados.

Entre os participantes da reunião estavam integrantes do Exército, Aeronáutica, Marinha, Depen, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Itaipu Binacional.

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