Governo implanta em Curitiba a primeira Unidade do Paraná Seguro 02/03/2012 - 13:55
Quatrocentos e cinqüenta homens das polícias Civil, Militar e da Guarda Municipal de Curitiba ocuparam nesta quinta-feira (1) parte do bairro Uberaba, dando início à implantação da primeira Unidade do Paraná Seguro (UPS) no Paraná. A medida tem caráter piloto. Ainda este ano serão implantadas mais 10 unidades em Curitiba e identificadas áreas que receberão UPS nas principais cidades do Estado. A ação – que nas próximas semanas vai se desdobrar em medidas de policiamento comunitário e fortalecimento de políticas públicas na região – atende à determinação do governador Beto Richa para melhorar as condições de segurança no Paraná e consolidar a queda no número de homicídios.
“Este dia 1º de março é decisivo para marcar o início de uma grande revolução que vamos fazer na área da segurança pública no Paraná”, afirmou Richa nesta quinta-feira (1). “Nossas equipes tomaram uma grande área que era dominada pela criminalidade e pelo tráfico de drogas e vamos devolvê-la aos cidadãos. Vamos transformar o cenário dessas regiões, levar políticas públicas do município e do governo estadual e garantir presença permanente da polícia.”
A operação policial desta quinta-feira teve a participação de 450 homens da Polícia Civil, tropas especiais da Polícia Militar e unidades da Guarda Municipal de Curitiba. O objetivo era cumprir 34 mandados de prisão de acusados de envolvimento em homicídios e tráfico de drogas e abrir caminho para implantação da UPS. A região do Uberaba, onde ficam as vilas que foram alvo da operação desta quinta-feira, terá duas bases de UPS.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Roberson Bondaruk, informou que serão implantados no bairro dois módulos móveis e, posteriormente, construídos módulos fixos. “Vamos manter a presença policial intensiva na região por mais alguns dias e, depois, será iniciado um processo de visitas domiciliares com policiais treinados em policiamento comunitário, para criar um relacionamento com a comunidade”, disse.
Na ação de congelamento da região, policiais tomaram áreas da Vila Audi, Vila União Ferroviária, Jardim Icaraí, Vila Solitude II, Moradias Marumbi I e II, Moradias Lotiguassu, Vila Yasmim, Vila Reno, Jardim Alvorada II, Moradias Itiberê, Moradias Cairo e Jardim Torres – integrantes do bairro Uberaba, que apresenta elevado índice de homicídios e crimes relacionados ao tráfico. A população estimada da região ocupada é de 20 mil pessoas.
Seguindo a determinação de evitar constrangimentos aos moradores, os policiais cercaram com viaturas entradas e saídas das vilas, com suporte de helicópteros e cães farejadores, para abordagem e identificação de veículos e revistas a pessoas. Foram presos três acusados de tráfico de drogas e estelionato.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho, disse que uma grande operação de inteligência policial, iniciada em setembro de 2011, forneceu os subsídios para os pedidos de prisão, a partir da identificação de pontos de venda e consumo de drogas. A primeira parte da operação foi realizada em novembro e dezembro passados, com a prisão de 12 procurados por homicídio, além de lideranças do tráfico na região.
“A partir de agora as UPS começam a se tornar realidade em Curitiba, que terá dez unidades instaladas ainda em 2012. O processo seguirá na região metropolitana e nas maiores cidades do estado, seguindo um trabalho de inteligência planejado em relação às áreas que requerem uma atuação do Estado por meio das forças policiais”, afirmou o secretário. “Também vamos iniciar a implantação de módulos policiais móveis em todos os bairros da capital, para o policiamento comunitário, e das novas delegacias cidadãs”, disse.
POLÍTICAS PÚBLICAS – Almeida Cesar explica que o conceito das UPS que o Paraná começa a implantar é baseado na solução usada nas comunidades do Rio de Janeiro (Unidade de Polícia Pacificadora – UPP), mas possui uma diferença fundamental, que é a parceria do estado com o município para levar políticas públicas de ação social, geração de renda, contraturno escolar e melhoria da infraestrutura, como roçada em parques e praças e iluminação pública, para áreas degradadas em que for detectada a ausência dessas políticas públicas.
“A polícia vai entrar para ficar. Vamos devolver uma vida comunitária regular àquela área e aproximar a polícia da comunidade. Para isso vamos envolver a sociedade civil organizada no processo, chamando associações, clubes de serviço e igrejas”, explica o secretário.
O delegado geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, lembrou que operações do gênero foram realizadas no passado, mas tiveram caráter transitório. “Com as UPS, isso vai mudar. Agora a ocupação será permanente, com o resgate social e a presença constante do Estado. Teremos a policia comunitária, amiga da população, conforme o treinamento dos policiais, com ações de governo permanentes. Se não for assim, a criminalidade retorna”, afirmou.
UPS — Ainda de acordo com Almeida Cesar, a metodologia de implantação das UPS prevê uma fase inicial, de inteligência policial, para identificação de traficantes, pontos de tráfico de drogas e cenas de uso de entorpecentes. No momento seguinte são feitas as prisões. “É uma ação profilática, saneadora da região e, em seguida, é iniciado um trabalho muito forte de policiamento comunitário por parte da Polícia Militar, seguindo o conceito de polícia de proximidade, uma Polícia Militar amiga da população, paralelamente à implantação de políticas públicas que podem mudar a realidade de uma região”, explicou.
Um comerciante, que preferiu não ser identificado, disse que a ação da policia desta quinta-feira no bairro Uberaba tem total aprovação da comunidade. “Precisamos de mais polícia, mas que esteja aqui sempre e não apenas hoje. Desde que começaram as prisões, já temos uma sensação de redução da criminalidade e esperamos que continue”, disse.
PARANÁ SEGURO — O secretário Reinaldo de Almeida César reafirmou que o programa Paraná Seguro prevê a contratação de 10 mil policiais até 2014 e a compra de 3.200 viaturas, com tecnologia embarcada de georeferenciamento (GPS) e computadores (tablets), para equipar as polícias e o Instituto Médico Legal, além de 95 novas delegacias e 400 módulos policiais móveis. Para isso o orçamento da Secretaria da Segurança será reforçado em R$ 500 milhões no atual exercício, e poderá dobrar até 2014.
O programa também prevê a valorização dos quadros policiais. O governo está preparando a divulgação das novas tabelas salariais, que foram acordadas em encontros com as lideranças de todos os segmentos que representam as classes policiais civis, militares e da polícia científica.
A central de atendimento 181, antes conhecida como Narcodenúncia, está sendo ampliada, para receber outros tipos de denúncias da população, principalmente ligadas a homicídios.
“O governador Beto Richa determinou que sejam feitas todas as ações para reduzir os índices de criminalidade no Paraná, especialmente homicídios, que estão entre os maiores do País. E estamos dando um grande passo neste 1º de março para mudar a percepção da segurança neste Estado”, disse Almeida Cesar.
“Este dia 1º de março é decisivo para marcar o início de uma grande revolução que vamos fazer na área da segurança pública no Paraná”, afirmou Richa nesta quinta-feira (1). “Nossas equipes tomaram uma grande área que era dominada pela criminalidade e pelo tráfico de drogas e vamos devolvê-la aos cidadãos. Vamos transformar o cenário dessas regiões, levar políticas públicas do município e do governo estadual e garantir presença permanente da polícia.”
A operação policial desta quinta-feira teve a participação de 450 homens da Polícia Civil, tropas especiais da Polícia Militar e unidades da Guarda Municipal de Curitiba. O objetivo era cumprir 34 mandados de prisão de acusados de envolvimento em homicídios e tráfico de drogas e abrir caminho para implantação da UPS. A região do Uberaba, onde ficam as vilas que foram alvo da operação desta quinta-feira, terá duas bases de UPS.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Roberson Bondaruk, informou que serão implantados no bairro dois módulos móveis e, posteriormente, construídos módulos fixos. “Vamos manter a presença policial intensiva na região por mais alguns dias e, depois, será iniciado um processo de visitas domiciliares com policiais treinados em policiamento comunitário, para criar um relacionamento com a comunidade”, disse.
Na ação de congelamento da região, policiais tomaram áreas da Vila Audi, Vila União Ferroviária, Jardim Icaraí, Vila Solitude II, Moradias Marumbi I e II, Moradias Lotiguassu, Vila Yasmim, Vila Reno, Jardim Alvorada II, Moradias Itiberê, Moradias Cairo e Jardim Torres – integrantes do bairro Uberaba, que apresenta elevado índice de homicídios e crimes relacionados ao tráfico. A população estimada da região ocupada é de 20 mil pessoas.
Seguindo a determinação de evitar constrangimentos aos moradores, os policiais cercaram com viaturas entradas e saídas das vilas, com suporte de helicópteros e cães farejadores, para abordagem e identificação de veículos e revistas a pessoas. Foram presos três acusados de tráfico de drogas e estelionato.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho, disse que uma grande operação de inteligência policial, iniciada em setembro de 2011, forneceu os subsídios para os pedidos de prisão, a partir da identificação de pontos de venda e consumo de drogas. A primeira parte da operação foi realizada em novembro e dezembro passados, com a prisão de 12 procurados por homicídio, além de lideranças do tráfico na região.
“A partir de agora as UPS começam a se tornar realidade em Curitiba, que terá dez unidades instaladas ainda em 2012. O processo seguirá na região metropolitana e nas maiores cidades do estado, seguindo um trabalho de inteligência planejado em relação às áreas que requerem uma atuação do Estado por meio das forças policiais”, afirmou o secretário. “Também vamos iniciar a implantação de módulos policiais móveis em todos os bairros da capital, para o policiamento comunitário, e das novas delegacias cidadãs”, disse.
POLÍTICAS PÚBLICAS – Almeida Cesar explica que o conceito das UPS que o Paraná começa a implantar é baseado na solução usada nas comunidades do Rio de Janeiro (Unidade de Polícia Pacificadora – UPP), mas possui uma diferença fundamental, que é a parceria do estado com o município para levar políticas públicas de ação social, geração de renda, contraturno escolar e melhoria da infraestrutura, como roçada em parques e praças e iluminação pública, para áreas degradadas em que for detectada a ausência dessas políticas públicas.
“A polícia vai entrar para ficar. Vamos devolver uma vida comunitária regular àquela área e aproximar a polícia da comunidade. Para isso vamos envolver a sociedade civil organizada no processo, chamando associações, clubes de serviço e igrejas”, explica o secretário.
O delegado geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, lembrou que operações do gênero foram realizadas no passado, mas tiveram caráter transitório. “Com as UPS, isso vai mudar. Agora a ocupação será permanente, com o resgate social e a presença constante do Estado. Teremos a policia comunitária, amiga da população, conforme o treinamento dos policiais, com ações de governo permanentes. Se não for assim, a criminalidade retorna”, afirmou.
UPS — Ainda de acordo com Almeida Cesar, a metodologia de implantação das UPS prevê uma fase inicial, de inteligência policial, para identificação de traficantes, pontos de tráfico de drogas e cenas de uso de entorpecentes. No momento seguinte são feitas as prisões. “É uma ação profilática, saneadora da região e, em seguida, é iniciado um trabalho muito forte de policiamento comunitário por parte da Polícia Militar, seguindo o conceito de polícia de proximidade, uma Polícia Militar amiga da população, paralelamente à implantação de políticas públicas que podem mudar a realidade de uma região”, explicou.
Um comerciante, que preferiu não ser identificado, disse que a ação da policia desta quinta-feira no bairro Uberaba tem total aprovação da comunidade. “Precisamos de mais polícia, mas que esteja aqui sempre e não apenas hoje. Desde que começaram as prisões, já temos uma sensação de redução da criminalidade e esperamos que continue”, disse.
PARANÁ SEGURO — O secretário Reinaldo de Almeida César reafirmou que o programa Paraná Seguro prevê a contratação de 10 mil policiais até 2014 e a compra de 3.200 viaturas, com tecnologia embarcada de georeferenciamento (GPS) e computadores (tablets), para equipar as polícias e o Instituto Médico Legal, além de 95 novas delegacias e 400 módulos policiais móveis. Para isso o orçamento da Secretaria da Segurança será reforçado em R$ 500 milhões no atual exercício, e poderá dobrar até 2014.
O programa também prevê a valorização dos quadros policiais. O governo está preparando a divulgação das novas tabelas salariais, que foram acordadas em encontros com as lideranças de todos os segmentos que representam as classes policiais civis, militares e da polícia científica.
A central de atendimento 181, antes conhecida como Narcodenúncia, está sendo ampliada, para receber outros tipos de denúncias da população, principalmente ligadas a homicídios.
“O governador Beto Richa determinou que sejam feitas todas as ações para reduzir os índices de criminalidade no Paraná, especialmente homicídios, que estão entre os maiores do País. E estamos dando um grande passo neste 1º de março para mudar a percepção da segurança neste Estado”, disse Almeida Cesar.