IMBITUVA GANHA CONSEG 24/10/2011 - 16:30

Para estabelecer um elo entre a população e os órgãos públicos, foi criado em Imbituva o Conselho Comunitário de Segurança

Ferramenta importante no envolvimento da sociedade no combate a criminalidade, na última terça-feira (18), foi formado o Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) de Imbituva. O evento de posse da diretoria aconteceu no CRUI e contou com a participação de diversas autoridades, como o comandante do 4º Comando Regional da Polícia Militar, coronel Czerwonka, o prefeito do município, Zezo Pontarollo, o juiz, Antonio José Carvalho Filho, o promotor, Eduardo Ratto Vieira e o presidente da Câmara de Vereadores, Diogo Rover.

Tomaram posse durante o evento 15 pessoas que representam diversos segmentos da sociedade. Entre eles estão a presidente, Silvania Izabel Machado Spisila, o vice-presidente, Moyses Figueroa e o 1º secretário, Paulo Roberto Pupo. "Queremos ser o canal entre a população e as autoridades. Estamos nos organizando para que todos tenham acesso ao CONSEG", enfatizou a presidente.

Na solenidade, foram entregues 22 certificados denominados de "Empresa Amiga da Segurança Pública de Imbituva", para aqueles empresários que colaboraram com a confecção de panfletos informativos e cartões com telefones úteis, como das polícias Militar e Civil. "Vamos fazer uma campanha na mídia, em rádios e jornais, e também nas escolas", explicou Paulo Roberto Pupo.

REALIDADE

Durante a posse dos membros do CONSEG de Imbituva, o comandante do 3º Pelotão da PM, que faz parte da 8ª Companhia Independente, tenente Marcondes e o delegado da Polícia Civil, Agostinho Mussilini Junior, falaram sobre a atual realidade da segurança pública do município. "Vejo com alegria e esperança a comunidade querendo participar dos seus próprios problemas", falou o tenente Marcondes.

Ele também explicou o trabalho que a PM realiza na comunidade: "A nossa principal missão é preservar a ordem pública, através do policiamento ostensivo". Já o delegado Agostinho Mussilini, falou sobre as dificuldades enfrentadas pela Polícia Civil. Hoje, Imbituva possui 44 presos, sendo que a cadeia pública possui espaço para apenas 10. "É tudo na base do improviso. Não temos lugar para colocar os menores, as mulheres e os presos temporários", relata o delegado.

Mussilini conta que os policiais que deveriam trabalhar na investigação, atuam em outros trabalhos, como escolta de presos. Isto se deve pela falta de efetivo. Outro problema apontado pelo delegado foi a localização da delegacia e a demora para laudos de crimes ficarem prontos, também pela estrutura deficitária do Instituto de Criminalística. "Há demora sempre para a perícia chegar até os locais dos crimes e para a constatação de entorpecentes apreendidos, que vão para análise de comprovação em Curitiba", esclarece.

SOLUÇÕES

Esteve presente no evento a Coordenadora Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança do Paraná, Michelle Lourenço Cabral, que representou o secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César. Inicialmente ela falou que a secretaria pretende estreitar o relacionamento com os CONSEGs do Paraná. Atualmente, o Estado possui 233 conselhos atuantes. Somente em Curitiba, são 39.

Michelle se comprometeu em encaminhar ao secretário estadual de Segurança Pública as demandas que foram relacionadas em Imbituva. Prontamente ela ainda contou que a secretaria está contratando 700 policiais civis e, ainda neste ano, mais 2.000 policiais militares. "A ideia é que até o final do mandato do governador Beto Richa sejam contratados 8.000 policiais, que sejam implantadas as delegacias modelos no Estado e que cada comarca tenha pelo menos um delegado", afirmou a coordenadora.

COBRANÇA

Em seus discursos, o juiz e o promotor da comarca de Imbituva cobraram mais envolvimento da comunidade em relação a segurança público do município. "Em épocas eleitorais todos lembramos do estado de insegurança que vivemos. Mas, quando a comunidade é chamada para atuar junto ao Estado, muitas vezes se omite. A população deve ser comprometida com a segurança", falou o juiz, Antonio José Carvalho Filho.

Já o promotor, Eduardo Ratto Vieira, parabenizou a atuação das polícias Militar e Civil de Imbituva e também ressaltou a importância da participação popular no combate a criminalidade. "A vontade e a boa intenção fazem a diferença. A participação da população é decisiva", falou o representante do Ministério Público. "A atuação do Estado depende de uma sociedade responsável", finalizou o juiz.

Kelly Ramos.

GALERIA DE IMAGENS