Laboratório de Hipnose Forense é reinaugurado no Paraná 15/12/2011 - 13:45
O Instituto de Criminalística do Paraná reabriu, nesta quarta-feira (12), o Laboratório de Hipnose Forense, o único da América Latina especializado no uso desta técnica para colaborar com a investigação de crimes. O serviço foi inaugurado em setembro de 1998 e funcionou até outubro de 2008, quando foi desativado. Agora, foi reaberto para melhorar a solução de inquéritos criminais.
A reativação do laboratório faz parte das medidas de reestruturação e valorização dos institutos de Criminalística e Médico Legal incluídas no Programa Paraná Seguro, que visa reduzir a criminalidade e melhorar a eficácia da ação policial. De acordo com o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, essas unidades são fundamentais para a solução de crimes e consequente punição dos culpados.
A hipnose é feita com vítimas ou testemunhas de crimes como estupro, homicídio, atropelamentos, assaltos e sequestros, desde que elas concordem com o procedimento. A técnica é utilizada em casos de trauma psicológico – chamado transtorno de estresse pós-traumático –, que provoca amnésia parcial ou total do momento do crime. Quando técnicos do Instituto de Criminalística ou delegados percebem dificuldade de a vítima descrever o crime ou criminoso, eles a encaminham ao laboratório.
O diretor do Instituto de Criminalística, Antônio Vaz de Siqueira, explica que algumas pessoas bloqueiam mentalmente os acontecimentos. A hipnose ajuda a lembrá-los e permite às vítimas colaborar na construção de um retrato falado, por exemplo. “A vítima deve concordar em participar da hipnose e, quando for adolescente, deve ter a autorização dos pais”, explicou.
O laboratório está instalado em sala acústica, à prova de ruídos, construída na sede do Instituto de Criminalística. Ao lado, há uma sala espelhada, onde familiares da vítima e policiais acompanham o procedimento.
NECESSIDADE – O diretor geral da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Adalberto dos Santos, que representou o secretário na cerimônia de reabertura, destacou a importância do serviço para a elucidação de crimes e disse que ele jamais deveria ter sido interrompido.
Para o diretor do Instituto de Criminalística, o laboratório é mais uma ferramenta para melhorar a segurança pública. “Não há como fazer um trabalho isolado, sem a união de todas as forças no combate à criminalidade”, disse.
LEMBRANÇAS – O responsável pelo laboratório, Rui Fernando Cruz Sampaio, é médico psiquiatra, psiquiatra forense e psicólogo clínico. Ele afirma que com a prática, as vítimas podem lembrar de fatos ocorridos há dias, meses ou anos. “Em casos mais violentos, há dificuldade de esclarecimento também com a hipnose. Então, é usado medicamento por cerca de uma semana até que a pessoa esteja apta a dar todas as informações”, explica.
Sampaio citou o exemplo de uma mulher que, 14 anos depois da morte do marido, se lembrou do rosto do assassino e possibilitou a prisão do criminoso. Em outro caso, uma mulher que havia ficado sem movimento nas pernas após um trauma psicológico voltou a andar depois de algumas sessões de hipnose.
Durante o período em que o laboratório funcionou no Instituto de Criminalística, foram atendidos mais de 700 casos e em quase 100% deles foi possível conseguir informações para elaborar o retrato falado ou esclarecer o que ocorreu no local do crime.
A reativação do laboratório faz parte das medidas de reestruturação e valorização dos institutos de Criminalística e Médico Legal incluídas no Programa Paraná Seguro, que visa reduzir a criminalidade e melhorar a eficácia da ação policial. De acordo com o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, essas unidades são fundamentais para a solução de crimes e consequente punição dos culpados.
A hipnose é feita com vítimas ou testemunhas de crimes como estupro, homicídio, atropelamentos, assaltos e sequestros, desde que elas concordem com o procedimento. A técnica é utilizada em casos de trauma psicológico – chamado transtorno de estresse pós-traumático –, que provoca amnésia parcial ou total do momento do crime. Quando técnicos do Instituto de Criminalística ou delegados percebem dificuldade de a vítima descrever o crime ou criminoso, eles a encaminham ao laboratório.
O diretor do Instituto de Criminalística, Antônio Vaz de Siqueira, explica que algumas pessoas bloqueiam mentalmente os acontecimentos. A hipnose ajuda a lembrá-los e permite às vítimas colaborar na construção de um retrato falado, por exemplo. “A vítima deve concordar em participar da hipnose e, quando for adolescente, deve ter a autorização dos pais”, explicou.
O laboratório está instalado em sala acústica, à prova de ruídos, construída na sede do Instituto de Criminalística. Ao lado, há uma sala espelhada, onde familiares da vítima e policiais acompanham o procedimento.
NECESSIDADE – O diretor geral da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Adalberto dos Santos, que representou o secretário na cerimônia de reabertura, destacou a importância do serviço para a elucidação de crimes e disse que ele jamais deveria ter sido interrompido.
Para o diretor do Instituto de Criminalística, o laboratório é mais uma ferramenta para melhorar a segurança pública. “Não há como fazer um trabalho isolado, sem a união de todas as forças no combate à criminalidade”, disse.
LEMBRANÇAS – O responsável pelo laboratório, Rui Fernando Cruz Sampaio, é médico psiquiatra, psiquiatra forense e psicólogo clínico. Ele afirma que com a prática, as vítimas podem lembrar de fatos ocorridos há dias, meses ou anos. “Em casos mais violentos, há dificuldade de esclarecimento também com a hipnose. Então, é usado medicamento por cerca de uma semana até que a pessoa esteja apta a dar todas as informações”, explica.
Sampaio citou o exemplo de uma mulher que, 14 anos depois da morte do marido, se lembrou do rosto do assassino e possibilitou a prisão do criminoso. Em outro caso, uma mulher que havia ficado sem movimento nas pernas após um trauma psicológico voltou a andar depois de algumas sessões de hipnose.
Durante o período em que o laboratório funcionou no Instituto de Criminalística, foram atendidos mais de 700 casos e em quase 100% deles foi possível conseguir informações para elaborar o retrato falado ou esclarecer o que ocorreu no local do crime.