Para combater violência, CONSEG Apucarana propõe
Projeto “Bom Vizinho”
27/01/2012 - 14:10
Matéria divulgada no Jornal Pulsando em Apucarana:
Zenilda Martins Silva
(Zêni)
Zenilda Martins Silva
(Zêni)
A imprensa local divulgou que, em 2011, 22 pessoas foram assassinadas no município de Apucarana e foram registrados 4 latrocínios (roubo seguido de morte).
O cidadão habituou-se com a criminalidade porque convive pela mídia dos inúmeros casos de violência, às vezes, sem solução, na região. Os bandidos chegam armados a qualquer hora, rendem pessoas indefesas e, se for necessário, matam por pouca coisa.
O cidadão habituou-se com a criminalidade porque convive pela mídia dos inúmeros casos de violência, às vezes, sem solução, na região. Os bandidos chegam armados a qualquer hora, rendem pessoas indefesas e, se for necessário, matam por pouca coisa.
Ninguém está isento de estar sendo observado agora para ser a próxima vítima de um crime que pode ter um resultado trágico.
O presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Apucarana (CONSEG), Rildo Galeriani Nascimento, diz que o sucesso do crime está na desorganização da própria comunidade.
“Foi constatado que muitas das tentativas de roubos frustradas aconteceram porque o vizinho ligou imediatamente para a polícia”, alerta Rildo.
Projeto “Bom Vizinho”
Nascimento conta que a comunidade deve cobrar do Poder Público sim, porém não pode esperar. “Há ações que não custam nada e dão um resultado para a comunidade fantástico”, afirma ele. E continua: “O Projeto Bom Vizinho quem o realiza, são os vizinhos”.
Os vizinhos se ajudam na tarefa de observar e acionar a polícia ao se deparar com uma atitude suspeita”.
Não custa nada
O presidente do CONSEG diz que o Projeto “Bom Vizinho” consiste das pessoas se conhecerem, trocarem o telefone, realizarem medidas de segurança no próprio bairro, como por exemplo, roçar um terreno baldio ou aproveitar do mesmo para horta solidária como um Projeto que existe em Maringá. “Lá os moradores da comunidade possuem uma autorização para fazerem hortas nos terrenos vazios e assim eliminam os esconderijos”, exemplifica Rildo.
Segundo Nascimento, o mecanismo de vigilância é muito simples e barato.
“Sei de uma comunidade, numa cidade vizinha, que todos têm apito”, observa o presidente do CONSEG. E acrescenta: “Há também a placa de identificação, porém, tudo isto depende da comunidade querer participar ativamente do Projeto, de se reunir, conversar e desenvolver ações”.
Cuidado com o bairro
“Como todos se conhecem no Bairro, até a placa do carro ou da moto do outro, toda atitude suspeita na rua, o vizinho deve comunicar à polícia”, aconselha Rildo.
E exemplifica: “Se, às 22 horas, para um carro estranho, em frente da casa do vizinho, o cara desce e sai andando pela rua, é importante avisar a polícia”.
O Projeto orienta também a fazer podas de árvores, em certos lugares, e a se preocupar com as casas abandonadas. “Se numa casa abandonada há desconhecidos se movimentando, é preciso comunicar à polícia porque pode ser foco de drogas”, argumenta Nascimento. E continua: “Recentemente, em São Paulo, os bandidos ocuparam uma casa abandonada com uma pessoa seqüestrada e ninguém percebeu nada para avisar a polícia porque os vizinhos não se conhecem”.
São pequenas ações
Rildo afirma que o Projeto “Bom Vizinho” preocupa-se com a vida do bairro todo, se alguém danifica uma placa ou um orelhão telefônico até à decisão de instalar uma ou outra câmara para monitorar alguns pontos. “Quantos acidentes acontecem em nossos bairros por falta de sinalização!”, lembra Rildo. Ele explica que o Projeto “Bom Vizinho” são pequenas ações que a própria comunidade pode realizar a custo praticamente zero porque o CONSEG está à disposição da comunidade.
“Se alguma comunidade desejar, levamos a Polícia Militar, a Guarda Municipal e a nossa diretoria, porque o nosso maior interesse é fazer este Projeto funcionar na cidade toda”, finaliza Rildo Galeriani.
Leia essa e outras matérias do Jornal Pulsando.
Baixe em PDF o jornal Completo.